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A Revolta de Atlas me tornou um profissional melhor

Como dito anteriormente, sou um devorador de livros. Chegou em um momento na minha vida que o prazer antes que tinha em algumas atividades se transformou no prazer da leitura. Acredito que quanto mais livros você lê mais perto você fica da sua melhor versão, pois você descobre algo de si mesmo, que anteriormente não conhecia. E descobri algo escondido em mim lendo a Revolta de Atlas.

O livro não adiciona algo a você, ele revela algo coberto sobre si mesmo.

Desde que comecei a ler nunca tinha me desafiado a ler um livro maior. Eu me importava mais com quantidade do que a qualidade de um livro grande. Muitas vezes vi muitas pessoas que admiro indicar um certo livro chamado “A revolta de Atlas” e fui atrás. Vi que era um romance e fazia tempo que não lia romance, então comprei sem nem pensar. No meio do transporte do livro fui pesquisar mais a fundo e percebi que ele tinha 1215 páginas! E fiquei imaginando: será que vou conseguir?

A Revolta de Atlas

A Revolta de Atlas - Ayn Rand

Vi um conteúdo do Bruno Perini que falou sobre metas anuais de livros. Nesse conteúdo, ele disse que quando se coloca metas de número de livros seria normal evitar livros grandes devido a tomarem muito tempo de leitura e só contarem como um. A solução seria colocar duas metas: uma de páginas e uma de número. Então, ao invés de colocar uma meta de 10 livros coloca-se paralelamente também uma de 2000 páginas, por exemplo. Se bater qualquer uma das duas seu objetivo de leitura foi concluído.

Falando sem dar spoiler: o livro conta a história de uma época não definida. Mostra um mundo onde os países do mundo eram “socialistas”, menos os Estados Unidos. Falando a grosso modo, o país era praticamente tocado por empreendedores: donos de ferrovia, de siderúrgicas, petroleiras, fábricas de motores e etc. Os governantes ficavam meio revoltados com os empresários ganharem tanto dinheiro e existirem pessoas que ganhavam migalhas achando que mereciam mais.

E aí começa a trama principal: os governantes querem cobrar impostos abusivos e tirarem dinheiro de quem produz . Os produtores começam a se revoltar e começam a sumir, daí o nome do livro. Pra quem não sabe na mitologia grega, Atlas foi um titã castigado por Zeus com a tarefa de sustentar o mundo nos seus ombros. É isso que a autora Ayn Rand prega: os empreendedores seriam a imagem de Atlas. E assim a trama se desenrola.

Mas como um romance ícone do libertarianismo me tornou um profissional melhor?

Se você leu até aqui e não aguenta mais ler, vou resumir esse tópico todo em uma só frase:

Para qualquer coisa na sua vida: seja responsável por tudo nela (mesmo que não seja culpa sua)

Quando você se responsabiliza por tudo o que acontece na sua vida, mesmo que isso realmente seja culpa de outra pessoa, você está adicionando um ingrediente que pra mim é essencial na vida de qualquer um: autocontrole. Tá, mas o que tem a ver com A Revolta de Atlas?

O livro meio que tem dois lados da moeda: quem realmente faz e quem finge que faz. Focando no lado de quem faz, da pra ver um padrão de comportamento em todas as pessoas com essa atitude. Eles não são as pessoas que ganham dinheiro fácil, que saem na vantagem, que trabalham pouco e ganham muito. Eles são as pessoas que criam e resolvem as coisas, e o prazer deles está no ato propriamente dito. São responsáveis em resolver os próprios problemas e os de quem não produzem nada. Mas quase sempre quem ganha todo o mérito é quem não moveu um dedo para fazer alguma coisa.

O que podemos tirar do comportamento dessas pessoas é que se pode encontrar valores para ser sua base de felicidade, e eles não precisam ser algo como: ser milionário, ser poderoso, ser o presidente do mundo ou algo similar. Podemos inserir valores que dependam apenas da gente para tocar nossa bússola de realizações: honestidade, autocontrole, criatividade, ter uma vida saudável, autoconhecimento, construir algo que amamos e gostamos (o mais comum do livro) e etc.

Profissionalismo

E em relação a questão do profissionalismo, quando você passa a não se importar como o erro dos outros (sejam seus colegas, superiores ou qualquer outra coisa) venha acarretar no que você faz (já que você vai resolver o problema de uma forma ou outra), você se torna uma pessoa melhor (e consequentemente um profissional melhor), sua capacidade de resolver problemas aumenta e proporcional a isso ocorre o crescimento do seu conhecimento. Por isso muitas vezes prego o trabalho de graça para obtenção de conhecimento e experiência.

Não precisa mais terceirizar a culpa dos erros que cometeu, nem inventar histórias quando aconteceu algum imprevisto, afinal agora você vai ser responsável de tudo isso. Atitudes como essa diminui suas decisões, deixando mais espaço da sua capacidade mental para solução de problemas e de criação.

Quando Napoleon Hill e o próprio Maquiavel falam em suas obras para estudar quem obteve sucesso e modelar as atitudes para replicá-las, tenho certeza que eles não se referiram apenas a pessoas que são reais. Estudando personagens fictícios você também pode modelar as atitudes e comportamentos deles, tornando sua vida melhor para o lado que você desejar. Afinal, sucesso é subjetivo.

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