Hoje, o que não falta no mercado são métodos e maneiras para aumentar um perfil no Instagram, que é um dos principais canais onde as empresas se comunicam. Aqui, você não vai ver só uma metodologia a mais para isso. Neste artigo, mostrarei como se manter crescendo no Instagram com base em um mindset que fez empresas crescerem muito através de ideias, testes e com pouco investimento: o Growth Hacking.
Mas, o que é Growth Hacking?
O termo, primeira vez citado pelo Sean Ellis, representa uma metodologia criada no Vale do Silício que levou empresas de tecnologia a aumentar exponencialmente sua base de clientes com pouco investimento, se baseando em dados, experimentos, tentativa e erro.
Depois deste artigo, o termo “Growth Hacker” se espalhou entre empresas de tecnologia, mostrando que o crescimento de empresas, antes embasado apenas em marketing e vendas, agora dependia de outros recursos como produto, retenção e upsell.
Dos vários autores que escrevem sobre o tema, vou me embasar na metodologia do Ryan Holiday, autor dos livros “Acredite, estou mentindo” e “Growth Hacker Marketing”.
O ciclo de Growth
Ao contrário do marketing, que prega um funil de vendas com início e fim, o Growth fala de um ciclo sem fim, onde através de um modelo de recorrência o cliente sempre esteja pagando a empresa. O ciclo descrito pelo Ryan, segue os passos a seguir:
- Produto fit com o mercado
- Primeiros clientes e viralização
- Retenção
- Otimização (Upsell)
Crescendo um Instagram com base no Ciclo
Abaixo, adaptando o ciclo, vou mostrar uma metodologia onde pode-se trabalhar da maneira certa cada ferramenta do aplicativo para criar uma boa base em um perfil, criando várias oportunidades de venda e obtenção de clientes.
Produto fit: Feed
No Growth, o produto fit com o mercado (Product Market Fit) é um produto criado pensado em resolver um ou vários problemas de um mercado em específico da melhor maneira possível. Quanto mais ágil e eficaz para resolver o problema, melhor o produto e mais chance de vendas terá.
Fazendo um paralelo com o Instagram, ele representa o feed. Quando os primeiros usuários chegarem ao seu perfil – seja lá como for, o feed vai ser o seu “produto”. Quanto melhor para o seu público ser o que é produzido no feed, mais a chance do visitante se tornar um seguidor (usuário).
E, ao contrário do que vários pregam, que o seu conteúdo tem que ser o melhor possível, há algo antes que deve ser avaliado. Esse fator é muito mais importante do que uma produção de conteúdo com qualidade. Afinal, nenhum conteúdo de qualidade funciona bem quando não há um público alvo e uma persona bem definida.
Acima de tudo, você deve entender tudo sobre seu público: o que ele faz, seus hábitos, o que acessa, jargões, gostos e todas as informações possíveis.
Pois, só com um entendimento profundo do público é possível criar um conteúdo de qualidade no feed.
Primeiro cliente e viralização: Reels e Ads
Depois do PMF, isto é, um feed com conteúdo de qualidade para o seu público, está na hora de espalhar sua mensagem para o mundo.
Há quem ache que a viralização é algo que acontece por “sorte”, mas, na verdade, há toda uma ciência por trás dela. No caso do Instagram, as ferramentas que possibilitam essa viralização são Reels e Ads, que entregam certo conteúdo a mais pessoas.
É interessante frisar que no caso do Reels, a entrega grande para pessoas que não seguem um perfil não durará para sempre, é um movimento que o Instagram faz com tendências e ferramentas novas, que atualmente tem como destaque o Reels.
Já os Ads, permitem que um conteúdo seja entregue a mais pessoas pagando a plataforma para isso. Então, com mais pessoas sendo alcançadas com seus conteúdos, maior a possibilidade da viralização. Mas, não adianta criar qualquer conteúdo e espalhar ele, seja por Reels ou Ads. Também, é necessário criar um conteúdo criado para ser espalhado.
Em geral, um conteúdo fácil para viralizar tem que ter duas características:
1. Incentivo ao compartilhamento
2. Ser útil para o público alvo
Então, é necessário pensar nisso antes de criar algo com a intenção da viralização.
Retenção: Stories
Depois de viralizar e conquistar as pessoas com o conteúdo do feed, está na hora de reter. A melhor forma de reter alguém é através de produção de conteúdo constante, mas de uma forma leve. E, no Instagram não existe lugar mais propício a esse tipo de conteúdo quanto os stories. O foco na retenção do usuário está no relacionamento.
Por isso, a produção de stories constantes devem ser algo essencial para retenção. Alguns exemplos de conteúdos que retém:
- Rotina
- Documentação de jornada
- Dicas simples
- Caixinha de perguntas
Esses tipos de conteúdo fazem com que além do usuário ser apenas um seguidor, se torne um fã e advogado da sua marca.
Otimização: Call to action
A otimização, que seria o próximo passo do fluxo, é criar um novo grau de intimidade junto com o usuário. Falando em termos de funil, seria a venda de fato ou mostrar o caminho para outra plataforma onde o perfil terá um contato diferente com o seu seguidor.
Em uma jornada mais complexa, não precisa ser uma venda, podem ser conteúdos mais complexos e maiores em outras plataformas que permitem conteúdos mais longos, como o próprio YouTube. O Pedro Sobral faz algo similar entre o seu perfil de Instagram e seu canal do YouTube.
Também pode ser uma venda, seja de curso ou algo mais simplório, como um relatório ou Ebook. Não entrarei em termos de esteira de produto e outras coisas referentes ao assunto.
Mas, falando em geral, a ideia é dar um próximo passo para uma outra camada de conteúdo, onde, pagando ou não, o usuário fique mais próximo do detentor do perfil.
E, aqui, finalizamos, pois saímos do escopo do Instagram.
Ideia, teste, documentação, aprendizado e repete. O fluxo de Growth pode ser utilizado em várias vertentes, pois é mais uma mentalidade do que algo restrito a uma área.